HABITOS QUE ATRAPALHA NA DIETA E PERCA DE PESO
Intolerância alimentar: mesmo com uma dieta bem saudável, acompanhada por um profissional, cerca de 30% das pessoas têm dificuldade de emagrecer, disse o endocrinologista Tércio Rocha. Segundo ele, uma das razões mais comuns é pela intolerância alimentar. O corpo não consegue digerir os alimentos, o que causa reações químicas, inflamações no organismo e dificulta o metabolismo, explicou. As intolerâncias atingem de 25% a 30% das pessoas e os lácteos são campeões em provocar a reação. Caso este seja o problema, mesmo aliada a exercícios físicos regulares, a dieta não surtirá efeito. Para montar uma dieta que leve ao emagrecimento, é preciso entender quais alimentos geram níveis de intolerância. Depois de se livrar deles, a receita comer pouco e exercícios vai funcionar, sugeriu
Exercícios inadequados: assim como cada organismo se adapta melhor a determinados tipos de alimentos, com as atividades físicas não é diferente. Será que o exercício que está fazendo é adequado à genética? As pessoas começam a fazer musculação e corrida, algumas secam cada vez mais, outras ficam parrudas e inchadas, exemplificou Rocha. A análise da saliva é uma das maneiras de determinar quais as atividades ideais para cada um
Mastigação: engolir a comida atrapalha a perda de peso. Segundo Jacira, comer rápido retarda a percepção de saciedade. O mínimo recomendado é de 10 a 12 movimentos mastigatórios por porção para uma digestão adequada. "O hábito permite que o organismo envie a mensagem de que não precisa mais de alimento e a pessoa para de comer", explicou a nutricionista. Yole reforçou e disse quando a pessoa não mastiga, começa a se sentir satisfeita quando a comida cai no estômago e acaba comendo mais
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Refeições fracionadas: 80% dos obesos fazem uma ou duas refeições por dia, o ideal é comer de 6 a7 vezes. "O corpo está sempre em movimento, não deixa o metabolismo lento", disse Yole
Ritual das refeições: a hora da comida é sagrada, por isso, Jacira aconselhou fazer as refeições sempre em local calmo e tranquilo. "Pare todas as atividades e preste atenção, pois a satisfação também é sensorial, aromática e gustativa, disse. Também é importante se alimentar sempre no mesmo horário, em quantidade e qualidade de acordo com o ritmo biológico. O velho ditado de que a pessoa deve fazer o café da manhã como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um mendigo é a mais pura verdade", completou Jacira
Frutas e verduras: ninguém emagrece sem comer frutas e verduras. "Os alimentos saciam e aumentam a quantidade de fibras, quanto mais fibras no corpo, mais fácil queimar calorias", alertou Yole. Segundo ela, 100 calorias de abacaxi e 100 calorias de pão são diferentes, pois a fruta é rica em fibras, 70% das calorias do abacaxi vão embora nas fezes. Já as presentes no pão serão absorvidas
Sedentarismo: "simples 20 minutos de caminhada por dia fazem diferença no final da semana", disse Yole. Os exercícios físicos liberam endorfina, que proporciona a sensação se satisfação e inibe os ataques desnecessários à geladeira
Falta de água: a nutricionista Yole Brasil lembrou que sem a ingestão da quantidade adequada (seis a oito copos) de água por dia, o indivíduo não consegue emagrecer. O líquido, porém, não deve ser ingerido durante as refeições, pois aumenta o volume do estômago. "Precisa ser fracionada ao longo do dia", determinou. "A água hidrata, tira a fome, auxilia na eliminação da celulite, no metabolismo e na função renal", enumerou Yole
Falta de sexo: além de esquentar o romance, fazer mais sexo ajuda a emagrecer. A relação sexual libera GH e endorfina que geram um sentimento de satisfação no organismo. "Aquela agonia de querer comer, 60% dela vai embora depois da transa", disse Rocha. A dica do endocrinologista é chegar em casa do trabalho, tomar banho e fazer sexo com o parceiro antes de jantar. "Acompanhei o relatório de algumas pessoas que fizeram isso e contaram que se esqueceram de jantar. O corpo e a mente já estão tão saciados que não precisa mais da sensação proporcionada pela comida. O sexo tira o foco da comida"
Compulsão alimentar: segundo Rocha, 70% dos obesos têm compulsão alimentar. Como exemplo, ele citou uma pessoa que vai à churrascaria, fica satisfeita no primeiro prato, mas continua a comer. Uma pessoa que fuma não gosta de fumaça, tem compulsão por nicotina e outras substâncias. O mesmo ocorre com alguém que tem compulsão alimentar", explicou. "Atualmente, existem vários tratamentos para o problema. Um deles é a retenção do impulso. Tratamos com um coquetel medicamentoso, baseado nas características de genótipo", concluiu
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Infelicidade: "quando a vida de uma pessoa efetivamente não dá prazer, ela comerá mais", afirmou Rocha. Falta de endorfina provoca desejo por carboidratos e alimentos ricos em gordura. "Esse mar de insatisfação leva a uma necessidade alimentar. Em vez de comer um Bis (chocolate), a pessoa comerá uma caixa inteira", comparou o endocrinologista
Estresse: passar por momentos de altos níveis de estresse causa o aumento do cortisol e a consequente necessidade do organismo de compensar a alteração com alimentos. "O pico de cortisol vem acompanhado da preguiça de malhar", explicou Rocha. "O cortisol ainda induz o acúmulo de gordura abdominal, a perda de massa magra e diminuição do gasto calórico", lembrou a nutricionista Mariana Gonçalves. De acordo com a nutricionista Jacira Santos, a pessoa passa a ingerir alimentos com muito açúcar para manter a glicemia em alta. "Consomem bebidas e alimentos estimulantes com cafeína, doces e bebidas alcoólicas", exemplificou
Sono de má qualidade: "quando você dorme mal, abaixa o GH hormônio de crescimento, cuja falta causa fadiga e aumenta o cortisol hormônio do estresse -, o que dificulta o emagrecimento", disse Rocha. Segundo ele, quando a pessoa não dorme direito, o corpo quer compensar o estresse com alta de glicemia, é quando ocorre a ingestão de doces e alimentos gordurosos. "A cronobiologia comprova que um sono reduzido complica com todos os processos orgânicos", acrescentou a nutricionista Jacira Santos. Por mecanismos de compensação, as pessoas sentem-se fatigadas e passam a ingerir alimentos com muito açúcar. "Consomem bebidas e alimentos estimulantes como aquelas com cafeína e outros componentes, inclusive bebidas alcóolicas", explicou ela
Carência: "quantas pessoas não andam meio carentes por aí?", questionou Rocha. O alto percentual de insatisfação leva estas pessoas a comerem mais, sorrirem menos e terem menos disposição para praticar exercícios físicos. O mesmo vale para pessoas ansiosas. Seja por muito trabalho, preocupação com os filhos ou com a casa, a ansiedade bloqueia o metabolismo e provoca a necessidade de comer, explicou Rocha
Depressão: "depressão não tem qualquer relação com tristeza, é baixa concentração de algo. Um jogador de vôlei de praia muito cansado, fica com depressão de potássio. O que leva uma pessoa a comer carboidratos é a baixa de serotonina", disse o endocrinologista. Exames sanguíneos, segundo ele, podem determinar o tipo de depressão sofrido
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